JUSTIFICAÇÃO PELA GRAÇA – O Cristianismo é exclusivo por causa do seu ensino sobre a justificação pela graça (Rm 3:24).
A justificação é a declaração de Deus de que as exigências de sua lei foram cumpridas na justiça de seu Filho. A base para a justificação é a morte de Cristo. Paulo diz que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões” (2 Co 5:19).
Essa reconciliação cobre todo pecado: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo justificados” (Hb 10:14).
A justificação, assim, baseia-se na obra de Cristo, cumprida pelo seu sangue (Rm 5:9).
É estendida no seu povo através de sua ressurreição (Rm 4:25).
Quando Deus Justifica, Ele lança o débito do homem a Cristo e credita a justiça de Cristo ao cristão (2 Co 5:21).
Desse modo, “Assim como, por uma só ofensa, veio o juzo sobre todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que da vida” (Rm 5:18).
Visto que esta justiça é “a Justiça de Deus” e “sem lei” (Rm 3:21), é completa; um cristão é “justificado de todas as coisas” (At 13:39).
Deus é justo porque seu padrão justo, santo de justiça perfeita, foi cumprido em Cristo. Ele é o justificador porque sua retidão é gratuitamente concedida ao cristão (Rm 3:26 / 5:16).
JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ – Embora o Senhor Jesus tenha pago por nossa justificação, é por meio da fé que Ele é recebido e sua justiça é vivida e desfrutada (Rm 3:25-30).
A fé é considerada como justiça (Rm 4:3 e 9), não como obra de seres humanos (Rm 4:5), mas como favor de Deus (Jo 6:28-29 – Ef 2:8 – Fp 1:29).
O Novo Testamento, por vezes, parece falar de justificação pelas obras. Por exemplo, Jesus falou sobre justificação (e condenação) “pelas tuas palavras” (Mt 12:37). Paulo disse que “os que praticam a lei serão justificados” (Rm 2:13). E Tiago concluiu que “uma pessoa por obras e não por fé somente” (Tg 2:24).
Essas declarações parecem ser conflitantes com muitas admoestações de Paulo de “que ninguém será justificado diante Dele por obras da lei” (Rm 3:20) e que a tentativa de ser justificado pela lei e estar desligado de Cristo e cair da Graça (Gl 5:4).
A solução para este problema reside na distinção entre as obras da carne e o frutos do Espirito (Gl 5:16-25).
Não apenas é a justiça de Cristo legalmente contabilizada para o crente, mas Cristo também habita no cristão através do Espirito Santo (Rm 8:10), gerando obras da fé.
Certamente as obras de Deus são declaradas justas (Is 26:12).
Assim, a ordem dos eventos na justificação é: Graça, Fé e Obras, ou, em outras palavras, pela Graça, através da Fé, resultando em Obras (Ef 2:8-10).
AS CONSEQUENCIAS DA JUSTIFICAÇÃO – Uma das consequências da justificação, é aquilo do qual somos salvos: ...”justificados por seu sangue seremos por Ele salvos da ira” (Rm 5:9).
Outra consequência é o objetivo daquilo para que fomos salvos: ...”aqueles a quem justificou, também glorificou” (Rm 8:30).
Paulo também inclui a paz com Deus (Rm 5:1) e o acesso a Graça Divina (Rm 5:2) como beneficio da justificação.
Quem crê em Cristo pode olhar com expectativa para a redenção do corpo (Rm 8:23) e para a herança eterna (Rm 8:17 – 1Pe 1:4).